Projeções Macroeconômicas e Políticas para 2024 no 25° Seminário Econômico da Família Previdência

Por Isadora Carrard

Ocorreu nesta última quinta-feira, dia 23 de novembro, o 25° Seminário Econômico da Fundação Família Previdência. O evento foi realizado das 14h às 18h, no centro de eventos do Barra Shopping Sul, em Porto Alegre. Com um time de especialistas e nomes de peso, o Seminário teve como objetivo debater e analisar projeções macroeconômicas e políticas para 2024.

Foram palestrantes do evento o ex-presidente Michel Temer, o sócio da XP Inc. e Head de Gestão da XP Advisory, Rogério Freitas, e o Economista-chefe do BTG Pactual e Ex-secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida. O Seminário ainda contou com a presença do Governador do Estado do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite.

Cerimônia de Abertura com Rodrigo Sisnandes Pereira (na foto, à esquerda)

O Diretor-Presidente da Fundação Família Previdência deu início ao evento, saudando os participantes e autoridades presentes e também agradeceu aos parceiros institucionais da Fundação, entre eles a Tchê Previdência.

Como pontapé inicial das discussões, Rodrigo Sisnandes ressaltou que o RS possui o maior percentual de população idosa e que, com a nova dinâmica demográfica, é visível que a previdência pública será incapaz de garantir sozinha a manutenção da qualidade de vida da população. Acertadamente, acrescentou que os planos de previdência privada, frente a isso, são uma necessidade ainda não percebida pelos principais atores da sociedade e que um dos caminhos para alavancar a expansão da previdência passa pela iniciativa empresarial.

“Assim como muitas empresas oferecem planos de saúde, a previdência privada deve estar na agenda de corporações que se preocupam com a qualidade de vida dos seus colaboradores”, destacou Sisnandes.

Seminário contou com a presença do Governador Eduardo Leite

Eduardo Leite falou brevemente sobre a importância da capacidade de prever movimentos econômicos e políticos, fazendo uma relação entre prevenção, futuro e previdência. Relatou que o Estado do Rio Grande do Sul tem sido um bom exemplo de equilíbrio nos últimos anos, cumprindo seus compromissos econômicos. Citou ainda que a reforma da previdência do nosso Estado foi a mais profunda do país, que reduziu o déficit de 12 bilhões de reais para 9 bilhões, e complementou que “ainda assim são 9 bilhões de reais consumidos dos cofres públicos do Estado, através dos impostos que a população paga e desejava que voltasse na forma de investimentos, de custeio, no presente, de serviços públicos, e que infelizmente são subtraídos desses investimentos simplesmente para pagar o passado. Não é culpa dos servidores, não é culpa dos aposentados, mas foi uma decisão que a sociedade, no passado, tomou. Benefícios, vantagens, direitos que acabaram sendo estabelecidos sem ter sustentação fiscal e econômica. Portanto, é uma conta que nós pagamos no presente”, afirmou o governador.

Ex-presidente Michel Temer aborda Governabilidade e Crescimento, ao lado da jornalista Dalva Bavaresco

Michel Temer, ex-presidente da República, mencionou as reformas realizadas durante seu mandato, incluindo a reforma trabalhista e a implementação do teto de gastos. Expressou sua visão sobre a oposição, destacando que o papel dela é fundamental e deveria contribuir para a governabilidade, por meio da fiscalização, observação e crítica construtiva para participar ativamente do processo governamental. Porém, disse que a oposição que se utiliza no Brasil, ao invés de ser a que é pautada no conceito jurídico-constitucional, é a oposição política, que não é pacifista. “O Governo que chega, se oposição é, quer destruir os governos anteriores. (…) É um defeito do nosso sistema”, complementou.

Sobre a atuação do STF, que tem sido alvo de muitas polêmicas, comentou a recente votação do Senado, proibindo algumas decisões monocráticas nos Ministros, avaliando o papel de cada um dos poderes, indicando a ideia de que existe uma briga polarizada de uns contra outros. Ressaltou, também, a importância de se garantir segurança jurídica para promover a prosperidade e o desenvolvimento do país como um todo. Por fim, foi aberta uma rodada de perguntas ao ex-presidente.

Segunda Palestra, com o economista Mansueto Almeida

O Economista-chefe do BTG Pactual e ex-secretário do Tesouro Nacional foi otimista, afirmando que o país está muito melhor do que estava há 10 anos atrás. Mencionou questões como a recuperação do valor das estatais, o teto de gastos, a independência do Banco Central e as reformas trabalhista e da previdência, compartilhando os aspectos que contribuíram para darem certo.

Ele trouxe notícias boas sobre a inflação, indo no sentido contrário às tendências dos outros países, e sobre como o Brasil tem se tornado um dos principais exportadores de comodities, e que, após elevar os preços no pós-pandemia, levou o país a um recorde na balança comercial com um crescimento de 50% esperado ainda em 2023. Mansueto falou ainda dos números do agronegócio, do saldo positivo na balança de petróleo com previsão de sucessivos aumentos. O economista também comentou a postura do atual governo, que gerou uma antecipação negativa ao mercado com a iminência do aumento da dívida, mas logo conseguiu reverter a situação respeitando o limite de gastos.

“O que esperar para 2024” era uma das principais dúvidas do dia e o economista foi direto ao ponto: podemos esperar mais redução nos juros, se os Estados Unidos não tomarem nenhuma medida surpresa, e enquanto não podemos esperar pelo déficit zero, esperaremos uma redução de gastos por parte do governo. A expectativa é de que o Brasil cresça ainda mais em 2024 pois potencial não falta, desde que faça o que ele chamou de “dever de casa”: a revolução no sistema educacional, junto da atenção ao envelhecimento da população e às demandas nas políticas públicas que vem pela frente.

“Esse processo de sair de 7% da população com mais de 65 anos de idade para 14% levou 125 anos para ocorrer na França. Levou 72 anos para ocorrer nos Estados Unidos. No Brasil vai levar 20 anos. (…) A gente vai chegar agora em 2030 com mais de 15% da população do Brasil com mais de 65 anos de idade”, disse Mansueto ao defender suas previsões.

Último painel, do Head de Gestão da XP Advisory, Rogério Freitas

Trazendo uma visão macro sobre a economia mundial, Rogério fez uma contextualização histórica dos últimos 20 anos: com inflação, juros baixos e poucas crises no mundo, investidores assumiram mais riscos, porém, agora sentimos efeitos colaterais desses excessos dos últimos anos. Alto endividamento, em especial do setor público, Estados Unidos precisando se financiar, risco americano em alta e taxas de juros subindo.

Ele avalia que o preço dos ativos está com tendência de queda nos próximos 5 anos na renda variável, enquanto isso, a renda fixa vai se tornando mais atraente no cenário de juros altos. “Então, por que assumir risco, né?”, questionou. Pontuou a influência que os Estados Unidos têm nos movimentos da bolsa de lá e como podem se refletir aqui.

O palestrante aconselhou os participantes a terem cautela, considerando o ambiente internacional. Mas em resumo temos no país boas oportunidades de curto prazo, apesar dos desafios estruturais e das dúvidas geradas pelo mercado americano. “O Mansueto falou e eu concordo 100%: o Brasil não é uma ilha. O que acontece no mundo puxa o Brasil. Às vezes a gente tá olhando aqui para o nosso próprio umbigo e a gente acha que fez alguma coisa ruim, e por isso o dólar subiu. A gente acha que fizemos uma coisa boa e a bolsa sobe, mas na verdade o Brasil é dragado por tudo que acontece no mundo”, finalizou.

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A Tchê Previdência agradece a participação de associados, patrocinadores e colaboradores presentes no evento. Eventos enriquecedores como este não param de acontecer, então não deixe de nos acompanhar nos nossos canais de comunicação.

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25º Seminário Econômico da Fundação Família Previdência

Inscreva-se no 25º Seminário Econômico da Fundação Família Previdência

A próxima edição do Seminário Econômico e de Investimentos promovido pela Fundação Família Previdência tem data marcada para acontecer. A 25ª edição do Seminário ocorrerá no dia 23 de novembro, da 14h às 18h, no Barra Shopping Sul, em Porto Alegre.

Com time de especialistas em finanças pessoais, economia e política, o Seminário debaterá os novos rumos da economia e da política em 2024. Explorando diferentes situações e estratégias para ajudar as pessoas e organizações a gerenciarem suas finanças de forma mais eficaz e a tomarem decisões mais acertadas.

Os seminários, ao longo de todas as suas edições, contaram com a participação de mais de 80 palestrantes e a presença estimada de 12 mil participantes. Esses eventos, que fornecem informações qualificadas, representam uma das principais iniciativas da Fundação voltadas para a educação financeira e previdenciária de seus participantes e da comunidade em geral.

Confira a programação completa: http://familiaprevidencia.com.br/seminario/

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Tchê Previdência realiza mais um evento com associadas

Realizado na sede de uma de nossas associadas, a Fundação Corsan, no centro de Porto Alegre, o evento contou com a participação de mais de 50 pessoas e com diversos palestrantes.

Presidente da Tchê, Adimilson Stodulski, na abertura do evento

O presidente da Tchê, Adimilson Stodulski, fez a abertura das atividades saudando o público presente e agradecendo a apoio do BNP Paribas Asset Management Brasil, apoiador do evento. Aliás, o CIO do BNP Paribas que fez a primeira palestra do dia. Gilberto Kfouri Jr. falou sobre aspectos ligados à Política Monetária, nacional e global, ressaltando a alta nas taxas de juros das principais economias globais, dos EUA às potências europeias.

Gilberto Kfouri Jr. falou sobre Política Monetária nacional e global

O palestrante citou diversos fatores relevantes para o aumento dos juros na economia americana: o endividamento, a necessidade de imprimir mais dinheiro que o normal, as disputas geopolíticas com a China, o rebaixamento do grau de risco dos EUA em agosto, entre outros. Na Europa, que atingiu o maior nível nas taxas de juros da história, o ciclo de alta também já indicou sinais de reversão, com as quedas sendo previstas, em princípio, para o 2º quadrimestre de 2024. No entanto, o cenário de alta, segundo Gilberto, parece ter terminado.

E no Brasil?

“No curto prazo, no Brasil as decisões dependem dos números de inflação”, destaca o palestrante. Para o mercado, a expectativa é de 9,5%. Já no médio e longo prazo, a manutenção da meta de inflação e a política fiscal são fatores cruciais para manter a taxa de juros em queda. “A Execução da parte fiscal determinará quanto tempo a Selic poderá ficar nesse patamar”, salienta Gilberto.

Carlos Renato Salami abordou aspectos de governança nos investimentos

O segundo palestrante do dia foi Carlos Renato Salami, Consultor de Investimentos AWG Advisory, que também falou sobre investimentos, mas trouxe a conversa para os aspectos de Governança, estrutura e arquitetura de gestão. Salami destacou a importância da criação de processos robustos, que envolvem planejamento, execução e monitoramento constantes, agilidade no processo decisório e eficiência de gestão. “Aqui estamos falando de buscar formas de se proteger em relação a riscos que podem afetar a renda real no futuro”, aponta o especialista.

Razão vs emoção

Abordando os paradigmas psicológicos que envolvem todas as decisões humanas, Aquilles Mosca, Head Comercial & Marketing do BNPP AM, falou sobre as Armadilhas do comportamento Humano nos Investimentos.

“A maior parte da teoria econômica e financeira está calcada na hipótese de racionalidade dos agentes e, consequentemente, na hipótese de eficiência dos mercados. No entanto, há uma grande evidência de que, dadas determinadas tendências comportamentais, os agentes não são totalmente racionais. Ou seja, a teoria tradicional é limitada em poder explicativo”, detalhe Aquilles.

Aquilles Mosca, Head Comercial & Marketing do BNPP AM

Isso porque, de acordo com o palestrante, existem alguns vieses comportamentais comuns que afetam a tomada de decisões de indivíduos e organizações, como o viés de representatividade e o movimento de manada. O primeiro, é a capacidade humana de inferir padrões com base na observação. É a habilidade de prever o futuro com base no presente/passado. “E nós fazemos isso de maneira inata, inconsciente”, salienta. O objetivo da abordagem de Aquilles é refletir como esses vieses podem afetar as decisões de investimentos, haja vista a limitada racionalidade humana e aos riscos do processo decisório.

Já o movimento de manada, mais conhecido e que é uma mistura entre ganância e medo, é uma forma de simplificar a decisão e seguir o grupo, fazer o que todos estão fazendo. “As pessoas fazem algo porque inferem que se todos estão fazendo, há uma boa razão para isso”, destaca Aquilles. É preciso ter consciência da existência desses fatores comportamentais para mitigá-los. “Para lidar com os vieses comportamentais, é preciso ter disciplina e paciência. Nada melhor do que definir uma boa política de investimentos”, complementa Aquilles.

Eduardo Lamers, Assessor da Superintendência-Geral da ABRAPP, fez a palestra de encerramento

Explorando aspectos regulamentares e de modernização do segmento de previdência complementar brasileiro, o Assessor da Superintendência-Geral da ABRAPP, Eduardo Henrique Lamers, fez a apresentação de encerramento do evento. Tratando de pautas estratégicas do sistema, ato regular de gestão, a evolução dos conselhos, visão de futuro do sistema, entre outros tópicos, a fala de Lamers destacou ainda a importância da modernização regulatória do segmento, abordando a relevância de reforçar os pilares de fiscalização sem engessar o crescimento do segmento previdenciário.

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A Tchê Previdência agradece a presença de todas as associadas, patrocinadores e colaboradores presentes no evento e, desde já, os convida para ficarem ligados em nossas comunicações para não perderem a próxima atividade!

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Fórum de Investimentos 2023

A Tchê Previdência e a BNP Paribas Asset Management Brasil convidam você para um encontro sobre o mercado de investimentos. Uma jornada repleta de insights de gestão, oportunidades e tendências.

AGENDA

14h00 Boas vindas e abertura, Tchê Previdência

14h15 Perspectivas de Investimentos

Gilberto Kfouri Jr., CIO BNP Paribas Asset Management

15h00 Política de Investimentos 2024

Carlos Renato Salami, Consultor de Investimentos AWG Advisory

15h45 Intervalo

16h00 Armadilhas do comportamento Humano nos Investimentos

Aquiles Mosca, Head Comercial & Marketing de BNPP AM

16h45 Importância do Conselheiro no Processo de Investimentos das EFPC

Eduardo Lamers, Representante da ABRAPP

17h45 Perguntas & Respostas

18h00 Encerramento e considerações finais

LOCAL

Av. Júlio de Castilho, 51 – Centro Histórico, Porto Alegre – RS, 90.030-131

PÚBLICO ALVO

Dirigentes e conselheiros.

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Confira a entrevista com Fernando Galdi, Superintendente de Estratégia e Inovação da Bradesco Asset Management

Fernando Galdi

Após a palestra especial de encerramento do evento TCHE NA SERRA, versando sobre Novo marco regulatório – CVM 175, o Superintendente de Estratégia e Inovação da Bradesco Asset Management, Fernando Galdiconcedeu uma rápida entrevista para a Tchê Previdência.

Como ficará a nova estrutura dos Fundos de Investimento com esse novo marco regulatório CVM 175?

Fernando Galdi: os Fundos de Investimento passarão a ter Classe (s) e Subclasse (s), que segregarão o ativo e o passivo do Fundo.

A Classe será composta pela carteira de ativos ou estratégias de investimentos, podendo ser aberta, fechada, exclusiva, previdenciária ou restrita. Já a Subclasse será constituída pelo passivo, os cotistas, sendo diferenciadas por: (i) prazo e condições de aplicação, amortização e resgate, (ii) taxas e (iii) público-alvo.

É importante dizer que para os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios – FIDCs, o arranjo de subclasses é classificado de forma distinta: (i) subclasse subordinada júnior, (ii) subclasse subordinada mezanino e (iii) subclasse subordinada sênior.

Com essa nova legislação qual a responsabilidade do Administrador Fiduciário e do Gestor? O que muda?

O Administrador é responsável fiduciário operacional do Fundo, zelando pelo seu funcionamento geral. Dentre as obrigações do administrador, está a contratação, em nome do fundo, de terceiros habilitados e autorizados a prestar os serviços de tesouraria, controle e processamento dos ativos, escrituração de cotas e auditoria independente.

O Gestor, observando as limitações legais e previstas na regulamentação aplicável, é o responsável fiduciário negocial do Fundo, tendo poderes para praticar todos os atos necessários à gestão da carteira de ativos. Além disso, o gestor pode contratar, em nome do fundo, terceiros devidamente habilitados e autorizados a prestar os serviços de intermediação de operações para a carteira de ativos, distribuição de cotas, consultoria de investimentos, classificação de risco por agência de classificação de risco de crédito, formador de mercado de classe fechada e cogestão da carteira de ativos.

Como saber se o Fundo de Investimento possui responsabilidade ilimitada? Antes da entrada em vigor da Res. CVM 175, os Fundos eram de responsabilidade limitada ou ilimitada?

No momento da realização do aporte inicial no Fundo de responsabilidade ilimitada, o investidor assinará um documento atestando que possui ciência desta condição do Fundo. Tal informação deve constar também no Regulamento.

Vale mencionar que todos os Fundos de Investimento que limitarem a responsabilidade dos cotistas possuirão em sua denominação o sufixo “Responsabilidade Limitada”.

Até a edição da Lei da Liberdade Econômica (Lei 13.874/19) e da Res. CVM nº 175, a regulamentação era omissa com relação a limitação da responsabilidade dos cotistas em caso de patrimônio líquido negativo do Fundo de Investimento, à exceção dos Fundos Imobiliários, portanto, o cotista respondia de forma ilimitada por todos os passivos não quitados do Fundo.

O tema ESG é uma das inovações da legislação. Quais Fundos poderão ser considerados “ESG”, “ASG”, “Ambiental”, “Verde”, “Social” ou “Sustentável”?

Apenas poderão utilizar estes termos em sua nomenclatura os Fundos que tenham por objetivo de investimento gerar benefícios sociais, ambientais e/ou de governança, devendo ser determinados quais são os benefícios esperados com os investimentos e como o Fundo busca originá-los. Estes fundos também devem divulgar qual a metodologia seguida para a classificação do Fundo ou Classe e critérios de divulgação de relatórios sobre os resultados alcançados pela política de investimentos.

Como será a nova estrutura de segregação das taxas de remuneração dos Fundos de Investimento?

As taxas de remuneração serão segregadas em: (i) taxa de administração, (ii) taxa de gestão, (iii) taxa máxima de distribuição, (iv) taxa de performance e (v) taxa máxima de custódia.

As taxas visam remunerar os respectivos prestadores de serviço do Fundo, sendo segregadas dessa forma a partir da entrada em vigor da nova Res. CVM 175 para promover maior transparência aos cotistas.

A Classe e Subclasse terão um CNPJ próprio, diferente do CNPJ do Fundo?

As Classes possuirão um CNPJ próprio, distinto do CNPJ do Fundo ao qual estarão vinculadas. No entanto, as Subclasses serão identificadas apenas por meio de um código atribuído pela Comissão de Valores Mobiliários – CVM no momento de seu registro. 

A verificação do enquadramento do Fundo de Investimento será observada na Classe ou na Subclasse?

O enquadramento dos ativos da carteira será sempre observado no nível da Classe do fundo, visto que ela abrigará os ativos investidos, e as subclasses, os cotistas.

Fernando Galdi é o Superintendente de Estratégia e Inovação da Bradesco Asset, ex-diretor da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e possui larga experiência com gestão de recursos, tendo sido sócio-fundador de uma gestora de patrimônio e mais recentemente atuado junto à uma asset quantitativa. É Doutor em Ciências Contábeis pela Universidade de São Paulo, com período de pós-doutorado na Universidade do Arkansas. É LL.M. em Direito Societário e Mercado de Capitais pela FGV-RJ, possui certificação de gestor de recursos (CGA) pela ANBIMA, participou de bootcamp em empreendedorismo na Universidade de Berkeley e é formado no curso de Operador de Mercado Financeiro pela FIA. Possui mais de 50 artigos científicos publicados em periódicos internacionais e nacionais e é autor/coautor de livros sobre finanças, contabilidade e mercado de capitais, além de ser membro titular do CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis) por indicação da AMEC (Associação dos Investidores no mercado de capitais).

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Tchê Previdência realiza evento na Serra Gaúcha com associadas e convidados

Primeira edição aconteceu em Carlos Barbosa, com apoio da Associada Tramontinaprev

Evento recebeu mais de 80 pessoas no Auditório do CEIT

Realizado na sede administrativa da Tramontina nesta sexta-feira (15.09), em Carlos Barbosa, o evento contou com a participação de representantes das entidades associadas, colaboradores e dos patrocinadores do evento, Bradesco Asset Management e Bahia Asset Management, além dos seus apoiadores institucionais Mirador, Bothomé Advogados e PRP Soluções Contábeis. Ao longo do dia, ocuparam o palco e o centro das discussões temas como Segurança da Informação, Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), Gestão Contábil e Gestão de Investimentos.

Após a abertura feita pelo Presidente da Tchê Previdência, Adimilson Stodulski, que agradeceu a presença das entidades presentes, apoiadores e patrocinadores, a palestra que deu início ao primeiro encontro Tchê na Serra foi conduzida pelo Desenvolvedor Sênior e DPO da Mirador Jonathan Becker Kolling. Jonathan focou sua fala nos diversos riscos que podem afetar a segurança dos dados de pessoas e organizações e, claro, o que podemos fazer para reduzirmos os riscos de sermos vítimas do roubo de dados.

Desenvolvedor Sênior e DPO da Mirador, Jonathan Becker Kolling

“Um dos principais fatores que coloca as empresas do mundo todo em risco é o fato de que muitos executivos não veem a Segurança da Informação como uma área estratégica e prioritária do negócio. E em tempos de ameaças cibernéticas cada vez mais variadas e inteligentes, este posicionamento pode ser fatal”, destaca Jonathan.

O desenvolvedor ressalta que, para alcançar um bom nível de segurança da informação, é preciso investir em backup, antivírus, firewall, políticas de acesso e navegação, por exemplo, mas também em treinamento dos colaboradores e instruções aos parceiros e fornecedores. A principal missão de uma boa política de segurança de dados é proteger dados e informações sensíveis, mitigar riscos, manter a solidez dos negócios e salvaguardar a privacidade dos usuários. Nesse sentido, “a recomendação para os gestores que não queiram entrar para a estatística das ‘empresas hackeadas’ é buscar o auxílio de profissionais e empresas com expertise comprovada no combate aos variados tipos de ameaças cibernéticas, dos mais simples aos mais complexos”, concluiu.

“Não é uma questão de se vai acontecer, mas de quando vai acontecer”, afirma Paulo Reus, Gerente de Cyber Defense Center da Scunna. Continuando o painel sobre Segurança da Informação, Reus reforçou os pilares que devem (ou deveriam) guiar a defesa contra ataques cibernéticos para além de mecanismos de proteção como antivírus e senhas complexas.

Paulo Reus, Gerente de Cyber Defense Center Scunna

“É importante adotar políticas fortes e implementar regras com fatores múltiplos de autenticação, mas não existe estratégia melhor do que investir na conscientização dos usuários, na disseminação de uma cultura dentro da empresa para mitigar riscos de ataques e invasões cibernéticas”, destaca. “Eu posso garantir para vocês que sempre tem alguém tentando acessar os dados da sua empresa, mas acontece que nem sempre são bem-sucedidos. É preciso tempo. Mas essas pessoas têm tempo, tem infraestrutura e paciência para continuarem tentando. É preciso estar preparado para isso”, alertou.

O olhar jurídico sobre Segurança da Informação

Além dos aspectos relacionados à tecnologia, também é importante atentar para as questões jurídicas. Foi justamente isso que abordaram Vitor Gil Peixoto e Claúdia Deboni, da Bothomé Advogados, logo na sequência. Um dos quesitos destacados pelos palestrantes foi o uso dos dados pessoais. Com casos de vazamento e roubo de dados cada vez mais frequentes, o cuidado na manipulação de informações sensíveis é uma obrigação de qualquer entidade de previdência, sendo passíveis de punições, inclusive financeiras, em caso de descumprimento de alguns aspectos preventivos. No entanto, ressaltam os especialistas, é preciso avaliar individualmente cada situação.

Vitor Gil Peixoto e Claúdia Deboni, da Bothomé Advogados

“Não existe uma receita pronta para lidar com dados pessoais. Ela tem que ser customizada, observar as peculiaridades, números de pessoas envolvidas, entre outros fatores, pois dessa forma será muito mais eficiente”, salienta Vitor. Para a atividade da Entidades Fechadas de Previdência Complementar, é fundamental estar atento aos riscos envolvidos no mau uso de dados sensíveis dos participantes, podendo também levar à aplicação de sanções administrativas.

Para estar protegida de eventuais penalizações e garantir a segurança dos dados dos participantes, a advogada Claúdia Deboni chama atenção para a importância de as EFPCs adotarem uma gestão proativa, buscando antecipar quaisquer riscos tanto aos participantes quanto às entidades.

Jaques Callegaro e Aline Ramos, da PRP Soluções Contábeis

Finalizando o painel da manhã com questões ligadas à gestão contábil, Jaques Callegaro e Aline Ramos, da PRP Soluções Contábeis, trouxeram um resumo do EFD – REINF, as áreas envolvidas no processo, as regras de controle, sujeitos passivos obrigados a adotarem a EFD-REINF, prazos, multas, entre outros pontos de atenção. Na palestra, a dupla de contadores explicou os principais aspectos envolvidos na emissão de documentos junto à Receita Federal para esclarecer algumas dúvidas recorrentes no dia a dia da gestão contábil das EFPCs.

Segundo turno do evento focou em Gestão e nas Novas regras para fundos de investimento

Após um almoço de confraternização e network, o turno da tarde focou nos investimentos. Dividindo o palco, o Diretor Financeiro e de Investimentos do ISBRE, Carlos Salami, e o Gestor de fundos de Alocação no Bahia Asset Management, César Aragão, levaram ao público várias reflexões sobre estratégias de investimentos, risco, diversificação e exemplos reais do impacto de uma boa gestão no futuro dos participantes. Para Aragão, há um “beabá” na gestão de recursos financeiros, de projeções e análises.

Com a palestra “Abordagem para um processo de investimentos com aplicação ao mercado brasileiro”, Aragão apresentou alguns conceitos basilares de um processo de investimentos, destacando, em linhas gerais, a motivação para a gestão de investimentos baseada em risco x retorno, modelos de alocação de recursos, análise de atribuição de performance e conceitos de orçamentos de risco.

Carlos Salami (esq), Diretor de Investimentos do ISBRE, e o Gestor de fundos de Alocação no Bahia Asset Management, César Aragão

Falando em riscos, Aragão trouxe insights provocadores a partir do conceito. Ao mesmo tempo em que salientou que “o risco é um recurso escasso e que não existe risco infinito”, ponderou que “o que define o nível de risco em que você está é o quanto você aceita perder, não o quanto quer ganhar”. Essa equação, para ele, é o ponto que precisa estar bem resolvido na cabeça de participantes, investidores e gestores na administração dos investimentos.

A partir do tema “Gestão de Investimentos orientada pela renda esperada”, Carlos Salami centrou sua apresentação no detalhamento dos aspectos da gestão de investimentos, níveis de diversificação dos portfólios, abordando a dinâmica da relação risco x retorno, o planejamento, a execução e o monitoramento como elementos fundamentais do processo de gestão. O gestor trouxe um olhar mais técnico, enfatizando como são tomadas decisões de alocação, rebalanceamento das carteiras dos planos, atribuição de performance e medição de desempenho dos investimentos previdenciários.

Palestra de encerramento trouxe alertas sobre as novas regras para fundos de investimento

Fernando Galdi, Superintendente de Estratégia e Inovação do Bradesco Asset Management, fez a palestra final do Tchê na Serra, trazendo para discussão as “Novas regras para fundos de investimento: o que muda na vida do investidor a partir de outubro?”. Na sua fala, explorou aspectos como o prazo de adaptação, as obrigações gerais para a realização dessa adaptação e como fica a nova estrutura de fundos com a implementação do Marco Regulatório. Uma das mudanças destacadas por Galdi é que, a partir de outubro, nos fundos vinculados às EFPCs as classes poderão comportar os perfis Conservador, Moderado e Agressivo.

Outra mudança relevante, em sua avaliação, se refere aos fundos que oferecem benefícios sustentáveis. “Fundos com denominação ‘ESG’, ‘ASG’, ‘Ambiental’ e ‘Verde’, por exemplo, terão que seguir uma política de caracterização mais restrita. É preciso ficar claro quais são os benefícios, quais medidas foram adotadas para medir esses benefícios, especificar como isso será divulgado e a periodicidade dessa divulgação”, reforçou.

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A Tchê Previdência agradece a presença de todas as pessoas que participaram do evento e tornaram este dia tão especial. Agrademos, em especial, a Sandra Pradella, Gerente Administrativa da Tramontinaprev, pela recepção e todo apoio na organização.

Que venha o próximo!

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ISBRE nomeia nova Diretoria Executiva

Realizada no dia 3 de julho, durante reunião extraordinária do Conselho Deliberativo do ISBRE, a entidade confirmou a cerimônia de nomeação e posse da nova gestão de sua Diretoria Executiva para o próximo mandato.

Na ocasião, o Diretor Financeiro e de Previdência, Carlos Renato Salami, foi reconduzido ao cargo. Salami ocupa também a função de Administrador Estatutário Tecnicamente Qualificado – AETQ. Além dele, Gilnei Roberto dos Santos Vargas foi designado Diretor Presidente, Administrativo e de Previdência do ISBRE.

Na reunião que confirmou a posse dos gestores, estiveram presentes a presidente do Conselho Deliberativo, Lisiane Maldaner Astarita de Lima, e os conselheiros Argus Ruy Guex de Oliveira, Rafael Cameiro Abrahão e Werner Tschoske.

A Tchê Previdência deseja sucesso para mais este mandato e se coloca sempre a disposição da entidade associada para eventos, parcerias quaisquer tipo de auxílio necessário.

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RS-Prev, associada à Tchê, tem posse de nova diretoria

Associada da Tchê Previdência, a RS-Prev teve algumas mudanças na sua Diretoria que ocorreram nos últimos mês, após renúncia da ex-Diretora Presidente e Diretora de Investimentos Interina, Danielle Cristine da Silva. Em sua 91ª Reunião Ordinária, que aconteceu no dia 29 de maio, o Conselho Deliberativo indicou a  Diretora de Seguridade Elisângela Hesse para assumir a Presidência da RS-Prev de forma interina.

No dia 3 de julho  foi a vez do Conselho Deliberativo da RS-Prev dar posse a Filipe Jeffman dos Santos como Diretor de Investimentos/AETQ e Márcio Otto de Campos como Diretor de Administração.

A Tchê Previdência deseja sucesso para a nova Diretoria.

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Funcorsan reconduz Diretoria para gestão 2023-2027

Nossa associada Funcorsan reconduziu Homero Batista para o cargo de Diretor-Superintendente e, para a função de Diretor Financeiro e Administrativo e AETQ, Adimilson Stodulski, para a gestão do quadriênio 2023-2027. A posse foi oficializada durante reunião do Conselho Deliberativo. A gestão vai até o dia 7 de julho de 2027.

Os diretores ressaltam que terão como desafios o reforçar a busca constante por mudanças de forma estratégica, além de seguir aprimorando os processos e acompanhando as tendências para, desta forma, tornar a marca da Fundação uma referência em previdência complementar. Lembrando ainda que a Funcorsan é uma administradora de planos de previdência que busca garantir um futuro mais seguro e tranquilo para todos os colaboradores da patrocinadora, a Corsan.

A Tchê Previdência parabeniza os diretores e deseja êxito na continuidade do trabalho no próximo ciclo.

Clique aqui e acesse o site da Funcorsan para conferir a estrutura organizacional de nossa Associada.

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