Aconteceu no dia 8 de Dezembro a Assembleia Geral da Fundação Tchê Previdência, voltada ao fechamento do ano de 2023. Diversas pautas decorreram no evento, dentre as principais, foi o anúncio das duas novas associadas da Tchê Previdência.
São elas a Fundação Silius – Fundação Silos e Armazéns de Seguridade Social, e a Fundação Banrisul de Seguridade Social – FBSS.
Representando a FBSS, estavam presentes o Diretor-presidente, Jorge Luiz Ferri Berzagui, a Diretora Administrativa, Marinês Bilhar, e o Diretor Administrativo e de Seguridade, Sr. Paulo Roberto Farias da Rosa.
Já representando a Fundação Silius,
estava presente o Diretor Administrativo e de Seguridade Sr. Paulo Roberto
Farias da Rosa.
Durante a Assembleia foram apresentadas
as atitudes realizadas no ano de 2023 e atividades previstas para o no de 2024.
A Tchê Previdência se aproxima do
encerramento do ano confiante de um 2024 repleto de consciência, segurança e
organização.
Ocorreu nesta última quinta-feira, dia 23 de novembro, o 25° Seminário Econômico da Fundação Família Previdência. O evento foi realizado das 14h às 18h, no centro de eventos do Barra Shopping Sul, em Porto Alegre. Com um time de especialistas e nomes de peso, o Seminário teve como objetivo debater e analisar projeções macroeconômicas e políticas para 2024.
Foram palestrantes do evento o ex-presidente Michel Temer, o sócio da XP Inc. e Head de Gestão da XP Advisory, Rogério Freitas, e o Economista-chefe do BTG Pactual e Ex-secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida. O Seminário ainda contou com a presença do Governador do Estado do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite.
O Diretor-Presidente da Fundação Família Previdência deu
início ao evento, saudando os participantes e autoridades presentes e também
agradeceu aos parceiros institucionais da Fundação, entre eles a Tchê
Previdência.
Como pontapé inicial das discussões, Rodrigo Sisnandes ressaltou
que o RS possui o maior percentual de população idosa e que, com a nova
dinâmica demográfica, é visível que a previdência pública será incapaz de
garantir sozinha a manutenção da qualidade de vida da população. Acertadamente,
acrescentou que os planos de previdência privada, frente a isso, são uma
necessidade ainda não percebida pelos principais atores da sociedade e que um
dos caminhos para alavancar a expansão da previdência passa pela iniciativa
empresarial.
“Assim como muitas empresas oferecem planos de saúde, a previdência privada deve estar na agenda de corporações que se preocupam com a qualidade de vida dos seus colaboradores”, destacou Sisnandes.
Eduardo Leite falou brevemente sobre a importância da capacidade de prever movimentos econômicos e políticos, fazendo uma relação entre prevenção, futuro e previdência. Relatou que o Estado do Rio Grande do Sul tem sido um bom exemplo de equilíbrio nos últimos anos, cumprindo seus compromissos econômicos. Citou ainda que a reforma da previdência do nosso Estado foi a mais profunda do país, que reduziu o déficit de 12 bilhões de reais para 9 bilhões, e complementou que “ainda assim são 9 bilhões de reais consumidos dos cofres públicos do Estado, através dos impostos que a população paga e desejava que voltasse na forma de investimentos, de custeio, no presente, de serviços públicos, e que infelizmente são subtraídos desses investimentos simplesmente para pagar o passado. Não é culpa dos servidores, não é culpa dos aposentados, mas foi uma decisão que a sociedade, no passado, tomou. Benefícios, vantagens, direitos que acabaram sendo estabelecidos sem ter sustentação fiscal e econômica. Portanto, é uma conta que nós pagamos no presente”, afirmou o governador.
Michel Temer, ex-presidente da República, mencionou as
reformas realizadas durante seu mandato, incluindo a reforma trabalhista e a
implementação do teto de gastos. Expressou sua visão sobre a oposição,
destacando que o papel dela é fundamental e deveria contribuir para a
governabilidade, por meio da fiscalização, observação e crítica construtiva
para participar ativamente do processo governamental. Porém, disse que a
oposição que se utiliza no Brasil, ao invés de ser a que é pautada no conceito
jurídico-constitucional, é a oposição política, que não é pacifista. “O Governo
que chega, se oposição é, quer destruir os governos anteriores. (…) É um
defeito do nosso sistema”, complementou.
Sobre a atuação do STF, que tem sido alvo de muitas
polêmicas, comentou a recente votação do Senado, proibindo algumas decisões
monocráticas nos Ministros, avaliando o papel de cada um dos poderes, indicando
a ideia de que existe uma briga polarizada de uns contra outros. Ressaltou,
também, a importância de se garantir segurança jurídica para promover a
prosperidade e o desenvolvimento do país como um todo. Por fim, foi aberta uma
rodada de perguntas ao ex-presidente.
O Economista-chefe do BTG Pactual e ex-secretário do Tesouro
Nacional foi otimista, afirmando que o país está muito melhor do que estava há
10 anos atrás. Mencionou questões como a recuperação do valor das estatais, o
teto de gastos, a independência do Banco Central e as reformas trabalhista e da
previdência, compartilhando os aspectos que contribuíram para darem certo.
Ele trouxe notícias boas sobre a inflação, indo no sentido
contrário às tendências dos outros países, e sobre como o Brasil tem se tornado
um dos principais exportadores de comodities, e que, após elevar os preços
no pós-pandemia, levou o país a um recorde na balança comercial com um
crescimento de 50% esperado ainda em 2023. Mansueto falou ainda dos números do
agronegócio, do saldo positivo na balança de petróleo com previsão de
sucessivos aumentos. O economista também comentou a postura do atual governo, que
gerou uma antecipação negativa ao mercado com a iminência do aumento da dívida,
mas logo conseguiu reverter a situação respeitando o limite de gastos.
“O que esperar para 2024” era uma das principais dúvidas do
dia e o economista foi direto ao ponto: podemos esperar mais redução nos juros,
se os Estados Unidos não tomarem nenhuma medida surpresa, e enquanto não
podemos esperar pelo déficit zero, esperaremos uma redução de gastos por parte
do governo. A expectativa é de que o Brasil cresça ainda mais em 2024 pois
potencial não falta, desde que faça o que ele chamou de “dever de casa”: a revolução
no sistema educacional, junto da atenção ao envelhecimento da população e às demandas
nas políticas públicas que vem pela frente.
“Esse processo de sair de 7% da população com mais de 65
anos de idade para 14% levou 125 anos para ocorrer na França. Levou 72 anos
para ocorrer nos Estados Unidos. No Brasil vai levar 20 anos. (…) A gente vai
chegar agora em 2030 com mais de 15% da população do Brasil com mais de 65 anos
de idade”, disse Mansueto ao defender suas previsões.
Trazendo uma visão macro sobre a economia mundial, Rogério
fez uma contextualização histórica dos últimos 20 anos: com inflação, juros
baixos e poucas crises no mundo, investidores assumiram mais riscos, porém,
agora sentimos efeitos colaterais desses excessos dos últimos anos. Alto
endividamento, em especial do setor público, Estados Unidos precisando se
financiar, risco americano em alta e taxas de juros subindo.
Ele avalia que o preço dos ativos está com tendência de
queda nos próximos 5 anos na renda variável, enquanto isso, a renda fixa vai se
tornando mais atraente no cenário de juros altos. “Então, por que assumir
risco, né?”, questionou. Pontuou a influência que os Estados Unidos têm nos
movimentos da bolsa de lá e como podem se refletir aqui.
O palestrante aconselhou os participantes a terem cautela,
considerando o ambiente internacional. Mas em resumo temos no país boas
oportunidades de curto prazo, apesar dos desafios estruturais e das dúvidas
geradas pelo mercado americano. “O Mansueto falou e eu concordo 100%: o Brasil
não é uma ilha. O que acontece no mundo puxa o Brasil. Às vezes a gente tá
olhando aqui para o nosso próprio umbigo e a gente acha que fez alguma coisa
ruim, e por isso o dólar subiu. A gente acha que fizemos uma coisa boa e a
bolsa sobe, mas na verdade o Brasil é dragado por tudo que acontece no mundo”,
finalizou.
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A Tchê Previdência agradece a participação de associados,
patrocinadores e colaboradores presentes no evento. Eventos enriquecedores como
este não param de acontecer, então não deixe de nos acompanhar nos nossos
canais de comunicação.
Inscreva-se no 25º Seminário Econômico da Fundação
Família Previdência
A próxima edição do Seminário Econômico e de Investimentos promovido pela Fundação Família Previdência tem data marcada para acontecer. A 25ª edição do Seminário ocorrerá no dia 23 de novembro, da 14h às 18h, no Barra Shopping Sul, em Porto Alegre.
Com time de especialistas em finanças pessoais, economia e
política, o Seminário debaterá os novos rumos da economia e da política em
2024. Explorando diferentes situações e estratégias para ajudar as pessoas e
organizações a gerenciarem suas finanças de forma mais eficaz e a tomarem
decisões mais acertadas.
Os seminários, ao longo de todas as suas edições, contaram
com a participação de mais de 80 palestrantes e a presença estimada de 12 mil
participantes. Esses eventos, que fornecem informações qualificadas,
representam uma das principais iniciativas da Fundação voltadas para a educação
financeira e previdenciária de seus participantes e da comunidade em geral.
Realizado na sede de uma de nossas associadas, a Fundação Corsan, no centro de Porto Alegre, o evento contou com a participação de mais de 50 pessoas e com diversos palestrantes.
O presidente da Tchê, Adimilson Stodulski, fez a abertura das atividades saudando o público presente e agradecendo a apoio do BNP Paribas Asset Management Brasil, apoiador do evento. Aliás, o CIO do BNP Paribas que fez a primeira palestra do dia. Gilberto Kfouri Jr. falou sobre aspectos ligados à Política Monetária, nacional e global, ressaltando a alta nas taxas de juros das principais economias globais, dos EUA às potências europeias.
O palestrante citou diversos fatores relevantes para o aumento dos juros na economia americana: o endividamento, a necessidade de imprimir mais dinheiro que o normal, as disputas geopolíticas com a China, o rebaixamento do grau de risco dos EUA em agosto, entre outros. Na Europa, que atingiu o maior nível nas taxas de juros da história, o ciclo de alta também já indicou sinais de reversão, com as quedas sendo previstas, em princípio, para o 2º quadrimestre de 2024. No entanto, o cenário de alta, segundo Gilberto, parece ter terminado.
E no Brasil?
“No curto prazo, no Brasil as decisões dependem dos números de inflação”, destaca o palestrante. Para o mercado, a expectativa é de 9,5%. Já no médio e longo prazo, a manutenção da meta de inflação e a política fiscal são fatores cruciais para manter a taxa de juros em queda. “A Execução da parte fiscal determinará quanto tempo a Selic poderá ficar nesse patamar”, salienta Gilberto.
O segundo palestrante do dia foi Carlos Renato Salami,
Consultor de Investimentos AWG Advisory, que também falou sobre investimentos,
mas trouxe a conversa para os aspectos de Governança, estrutura e arquitetura
de gestão. Salami destacou a importância da criação de processos robustos, que
envolvem planejamento, execução e monitoramento constantes, agilidade no
processo decisório e eficiência de gestão. “Aqui estamos falando de buscar
formas de se proteger em relação a riscos que podem afetar a renda real no
futuro”, aponta o especialista.
Razão vs emoção
Abordando os paradigmas psicológicos que envolvem todas as decisões humanas, Aquilles Mosca, Head Comercial & Marketing do BNPP AM, falou sobre as Armadilhas do comportamento Humano nos Investimentos.
“A maior parte da teoria econômica e financeira está calcada na hipótese de racionalidade dos agentes e, consequentemente, na hipótese de eficiência dos mercados. No entanto, há uma grande evidência de que, dadas determinadas tendências comportamentais, os agentes não são totalmente racionais. Ou seja, a teoria tradicional é limitada em poder explicativo”, detalhe Aquilles.
Isso porque, de acordo com o palestrante, existem alguns
vieses comportamentais comuns que afetam a tomada de decisões de indivíduos e
organizações, como o viés de representatividade e o movimento de manada. O
primeiro, é a capacidade humana de inferir padrões com base na observação. É a
habilidade de prever o futuro com base no presente/passado. “E nós fazemos isso
de maneira inata, inconsciente”, salienta. O objetivo da abordagem de Aquilles é
refletir como esses vieses podem afetar as decisões de investimentos, haja
vista a limitada racionalidade humana e aos riscos do processo decisório.
Já o movimento de manada, mais conhecido e que é uma mistura entre ganância e medo, é uma forma de simplificar a decisão e seguir o grupo, fazer o que todos estão fazendo. “As pessoas fazem algo porque inferem que se todos estão fazendo, há uma boa razão para isso”, destaca Aquilles. É preciso ter consciência da existência desses fatores comportamentais para mitigá-los. “Para lidar com os vieses comportamentais, é preciso ter disciplina e paciência. Nada melhor do que definir uma boa política de investimentos”, complementa Aquilles.
Explorando aspectos regulamentares e de modernização do
segmento de previdência complementar brasileiro, o Assessor da
Superintendência-Geral da ABRAPP, Eduardo Henrique Lamers, fez a
apresentação de encerramento do evento. Tratando de pautas estratégicas do
sistema, ato regular de gestão, a evolução dos conselhos, visão de futuro do
sistema, entre outros tópicos, a fala de Lamers destacou ainda a importância da
modernização regulatória do segmento, abordando a relevância de reforçar os
pilares de fiscalização sem engessar o crescimento do segmento previdenciário.
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A Tchê Previdência agradece a presença de todas as associadas, patrocinadores e colaboradores presentes no evento e, desde já, os convida para ficarem ligados em nossas comunicações para não perderem a próxima atividade!
A Tchê Previdência e a BNP Paribas Asset Management Brasil convidam você para um encontro sobre o mercado de investimentos. Uma jornada repleta de insights de gestão, oportunidades e tendências.
Após a palestra especial de encerramento do evento TCHE NA SERRA,
versando sobre Novo marco regulatório – CVM 175, o Superintendente de
Estratégia e Inovação da Bradesco Asset Management, Fernando Galdiconcedeu
uma rápida entrevista para a Tchê Previdência.
Como ficará a nova estrutura dos Fundos de Investimento com esse novo
marco regulatório CVM 175?
Fernando Galdi: os
Fundos de Investimento passarão a ter Classe (s) e Subclasse (s), que
segregarão o ativo e o passivo do Fundo.
A Classe será composta pela
carteira de ativos ou estratégias de investimentos, podendo ser aberta,
fechada, exclusiva, previdenciária ou restrita. Já a Subclasse será constituída
pelo passivo, os cotistas, sendo diferenciadas por: (i) prazo e condições de
aplicação, amortização e resgate, (ii) taxas e (iii) público-alvo.
É importante dizer que para os
Fundos de Investimento em Direitos Creditórios – FIDCs, o arranjo de subclasses
é classificado de forma distinta: (i) subclasse subordinada júnior, (ii)
subclasse subordinada mezanino e (iii) subclasse subordinada sênior.
Com essa nova legislação qual a responsabilidade do Administrador
Fiduciário e do Gestor? O que muda?
O Administrador é responsável
fiduciário operacional do Fundo, zelando pelo seu funcionamento geral. Dentre
as obrigações do administrador, está a contratação, em nome do fundo, de
terceiros habilitados e autorizados a prestar os serviços de tesouraria,
controle e processamento dos ativos, escrituração de cotas e auditoria
independente.
O Gestor, observando as
limitações legais e previstas na regulamentação aplicável, é o responsável
fiduciário negocial do Fundo, tendo poderes para praticar todos os atos
necessários à gestão da carteira de ativos. Além disso, o gestor pode
contratar, em nome do fundo, terceiros devidamente habilitados e autorizados a
prestar os serviços de intermediação de operações para a carteira de ativos,
distribuição de cotas, consultoria de investimentos, classificação de risco por
agência de classificação de risco de crédito, formador de mercado de classe
fechada e cogestão da carteira de ativos.
Como saber se o Fundo de Investimento possui responsabilidade
ilimitada? Antes da entrada em vigor da Res. CVM 175, os Fundos eram de
responsabilidade limitada ou ilimitada?
No momento da realização do
aporte inicial no Fundo de responsabilidade ilimitada, o investidor assinará um
documento atestando que possui ciência desta condição do Fundo. Tal informação
deve constar também no Regulamento.
Vale mencionar que todos os
Fundos de Investimento que limitarem a responsabilidade dos cotistas possuirão
em sua denominação o sufixo “Responsabilidade Limitada”.
Até a edição da Lei da Liberdade
Econômica (Lei 13.874/19) e da Res. CVM nº 175, a regulamentação era omissa com
relação a limitação da responsabilidade dos cotistas em caso de patrimônio
líquido negativo do Fundo de Investimento, à exceção dos Fundos Imobiliários,
portanto, o cotista respondia de forma ilimitada por todos os passivos não
quitados do Fundo.
O tema ESG é uma das
inovações da legislação. Quais Fundos poderão ser considerados “ESG”, “ASG”,
“Ambiental”, “Verde”, “Social” ou “Sustentável”?
Apenas poderão utilizar estes termos em sua nomenclatura os
Fundos que tenham por objetivo de investimento gerar benefícios sociais,
ambientais e/ou de governança, devendo ser determinados quais são os benefícios
esperados com os investimentos e como o Fundo busca originá-los. Estes fundos
também devem divulgar qual a metodologia seguida para a classificação do Fundo
ou Classe e critérios de divulgação de relatórios sobre os resultados
alcançados pela política de investimentos.
Como será a nova
estrutura de segregação das taxas de remuneração dos Fundos de Investimento?
As taxas de remuneração serão segregadas em: (i) taxa de
administração, (ii) taxa de gestão, (iii) taxa máxima de distribuição, (iv)
taxa de performance e (v) taxa máxima de custódia.
As taxas visam remunerar os respectivos prestadores de
serviço do Fundo, sendo segregadas dessa forma a partir da entrada em vigor da
nova Res. CVM 175 para promover maior transparência aos cotistas.
A Classe e Subclasse
terão um CNPJ próprio, diferente do CNPJ do Fundo?
As Classes possuirão um CNPJ próprio, distinto do CNPJ do
Fundo ao qual estarão vinculadas. No entanto, as Subclasses serão identificadas
apenas por meio de um código atribuído pela Comissão de Valores Mobiliários – CVM
no momento de seu registro.
A verificação do
enquadramento do Fundo de Investimento será observada na Classe ou na
Subclasse?
O enquadramento dos ativos da carteira será sempre
observado no nível da Classe do fundo, visto que ela abrigará os ativos
investidos, e as subclasses, os cotistas.
Fernando Galdi é o Superintendente de Estratégia e
Inovação da Bradesco Asset, ex-diretor da Comissão de Valores Mobiliários (CVM)
e possui larga experiência com gestão de recursos, tendo sido sócio-fundador de
uma gestora de patrimônio e mais recentemente atuado junto à uma asset
quantitativa. É Doutor em Ciências Contábeis pela Universidade de São Paulo,
com período de pós-doutorado na Universidade do Arkansas. É LL.M. em Direito
Societário e Mercado de Capitais pela FGV-RJ, possui certificação de gestor de
recursos (CGA) pela ANBIMA, participou de bootcamp em empreendedorismo na
Universidade de Berkeley e é formado no curso de Operador de Mercado Financeiro
pela FIA. Possui mais de 50 artigos científicos publicados em periódicos
internacionais e nacionais e é autor/coautor de livros sobre finanças,
contabilidade e mercado de capitais, além de ser membro titular do CPC (Comitê
de Pronunciamentos Contábeis) por indicação da AMEC (Associação dos
Investidores no mercado de capitais).
Primeira edição aconteceu em Carlos Barbosa, com apoio da Associada Tramontinaprev
Realizado na sede administrativa da Tramontina nesta
sexta-feira (15.09), em Carlos Barbosa, o evento contou com a participação de
representantes das entidades associadas, colaboradores e dos patrocinadores do
evento, Bradesco Asset Management e Bahia Asset Management, além
dos seus apoiadores institucionais Mirador, Bothomé Advogados e PRP
Soluções Contábeis. Ao longo do dia, ocuparam o palco e o centro das
discussões temas como Segurança da Informação, Lei Geral de Proteção de Dados
Pessoais (LGPD), Gestão Contábil e Gestão de Investimentos.
Após a abertura feita pelo Presidente da Tchê Previdência, Adimilson Stodulski, que agradeceu a presença das entidades presentes, apoiadores e patrocinadores, a palestra que deu início ao primeiro encontro Tchê na Serra foi conduzida pelo Desenvolvedor Sênior e DPO da Mirador Jonathan Becker Kolling. Jonathan focou sua fala nos diversos riscos que podem afetar a segurança dos dados de pessoas e organizações e, claro, o que podemos fazer para reduzirmos os riscos de sermos vítimas do roubo de dados.
“Um dos principais fatores que coloca as empresas do mundo todo em risco é o fato de que muitos executivos não veem a Segurança da Informação como uma área estratégica e prioritária do negócio. E em tempos de ameaças cibernéticas cada vez mais variadas e inteligentes, este posicionamento pode ser fatal”, destaca Jonathan.
O desenvolvedor ressalta que, para alcançar um bom nível de
segurança da informação, é preciso investir em backup, antivírus, firewall,
políticas de acesso e navegação, por exemplo, mas também em treinamento dos
colaboradores e instruções aos parceiros e fornecedores. A principal missão de
uma boa política de segurança de dados é proteger dados e informações
sensíveis, mitigar riscos, manter a solidez dos negócios e salvaguardar a
privacidade dos usuários. Nesse sentido, “a recomendação para os gestores que
não queiram entrar para a estatística das ‘empresas hackeadas’ é buscar o
auxílio de profissionais e empresas com expertise comprovada no combate aos
variados tipos de ameaças cibernéticas, dos mais simples aos mais complexos”,
concluiu.
“Não é uma questão de se vai acontecer, mas de quando vai acontecer”, afirma Paulo Reus, Gerente de Cyber Defense Center da Scunna. Continuando o painel sobre Segurança da Informação, Reus reforçou os pilares que devem (ou deveriam) guiar a defesa contra ataques cibernéticos para além de mecanismos de proteção como antivírus e senhas complexas.
“É importante adotar políticas fortes e implementar regras com fatores múltiplos de autenticação, mas não existe estratégia melhor do que investir na conscientização dos usuários, na disseminação de uma cultura dentro da empresa para mitigar riscos de ataques e invasões cibernéticas”, destaca. “Eu posso garantir para vocês que sempre tem alguém tentando acessar os dados da sua empresa, mas acontece que nem sempre são bem-sucedidos. É preciso tempo. Mas essas pessoas têm tempo, tem infraestrutura e paciência para continuarem tentando. É preciso estar preparado para isso”, alertou.
O olhar jurídico sobre Segurança da Informação
Além dos aspectos relacionados à tecnologia, também é importante atentar para as questões jurídicas. Foi justamente isso que abordaram Vitor Gil Peixoto e Claúdia Deboni, da Bothomé Advogados, logo na sequência. Um dos quesitos destacados pelos palestrantes foi o uso dos dados pessoais. Com casos de vazamento e roubo de dados cada vez mais frequentes, o cuidado na manipulação de informações sensíveis é uma obrigação de qualquer entidade de previdência, sendo passíveis de punições, inclusive financeiras, em caso de descumprimento de alguns aspectos preventivos. No entanto, ressaltam os especialistas, é preciso avaliar individualmente cada situação.
“Não existe uma receita pronta para lidar com dados pessoais. Ela tem que ser customizada, observar as peculiaridades, números de pessoas envolvidas, entre outros fatores, pois dessa forma será muito mais eficiente”, salienta Vitor. Para a atividade da Entidades Fechadas de Previdência Complementar, é fundamental estar atento aos riscos envolvidos no mau uso de dados sensíveis dos participantes, podendo também levar à aplicação de sanções administrativas.
Para estar protegida de eventuais penalizações e garantir a segurança dos dados dos participantes, a advogada Claúdia Deboni chama atenção para a importância de as EFPCs adotarem uma gestão proativa, buscando antecipar quaisquer riscos tanto aos participantes quanto às entidades.
Finalizando o painel da manhã com questões ligadas à gestão
contábil, Jaques Callegaro e Aline Ramos, da PRP Soluções
Contábeis, trouxeram um resumo do EFD – REINF, as áreas envolvidas no
processo, as regras de controle, sujeitos passivos obrigados a adotarem a
EFD-REINF, prazos, multas, entre outros pontos de atenção. Na palestra, a dupla
de contadores explicou os principais aspectos envolvidos na emissão de
documentos junto à Receita Federal para esclarecer algumas dúvidas recorrentes
no dia a dia da gestão contábil das EFPCs.
Segundo turno do evento focou em Gestão e nas Novas
regras para fundos de investimento
Após um almoço de confraternização e network, o turno da tarde focou nos investimentos. Dividindo o palco, o Diretor Financeiro e de Investimentos do ISBRE, Carlos Salami, e o Gestor de fundos de Alocação no Bahia Asset Management, César Aragão, levaram ao público várias reflexões sobre estratégias de investimentos, risco, diversificação e exemplos reais do impacto de uma boa gestão no futuro dos participantes. Para Aragão, há um “beabá” na gestão de recursos financeiros, de projeções e análises.
Com a palestra “Abordagem para um processo de investimentos com aplicação ao mercado brasileiro”, Aragão apresentou alguns conceitos basilares de um processo de investimentos, destacando, em linhas gerais, a motivação para a gestão de investimentos baseada em risco x retorno, modelos de alocação de recursos, análise de atribuição de performance e conceitos de orçamentos de risco.
Falando em riscos, Aragão trouxe insights provocadores a partir do conceito. Ao mesmo tempo em que salientou que “o risco é um recurso escasso e que não existe risco infinito”, ponderou que “o que define o nível de risco em que você está é o quanto você aceita perder, não o quanto quer ganhar”. Essa equação, para ele, é o ponto que precisa estar bem resolvido na cabeça de participantes, investidores e gestores na administração dos investimentos.
A partir do tema “Gestão de Investimentos orientada pela
renda esperada”, Carlos Salami centrou sua apresentação no detalhamento dos
aspectos da gestão de investimentos, níveis de diversificação dos portfólios,
abordando a dinâmica da relação risco x retorno, o planejamento, a execução e o
monitoramento como elementos fundamentais do processo de gestão. O gestor
trouxe um olhar mais técnico, enfatizando como são tomadas decisões de
alocação, rebalanceamento das carteiras dos planos, atribuição de performance e
medição de desempenho dos investimentos previdenciários.
Palestra de encerramento trouxe alertas sobre as novas regras para fundos de investimento
Fernando Galdi, Superintendente de Estratégia e Inovação do Bradesco Asset Management, fez a palestra final do Tchê na Serra, trazendo para discussão as “Novas regras para fundos de investimento: o que muda na vida do investidor a partir de outubro?”. Na sua fala, explorou aspectos como o prazo de adaptação, as obrigações gerais para a realização dessa adaptação e como fica a nova estrutura de fundos com a implementação do Marco Regulatório. Uma das mudanças destacadas por Galdi é que, a partir de outubro, nos fundos vinculados às EFPCs as classes poderão comportar os perfis Conservador, Moderado e Agressivo.
Outra mudança relevante, em sua avaliação, se refere aos fundos que oferecem benefícios sustentáveis. “Fundos com denominação ‘ESG’, ‘ASG’, ‘Ambiental’ e ‘Verde’, por exemplo, terão que seguir uma política de caracterização mais restrita. É preciso ficar claro quais são os benefícios, quais medidas foram adotadas para medir esses benefícios, especificar como isso será divulgado e a periodicidade dessa divulgação”, reforçou.
***
A Tchê Previdência agradece a presença de todas as pessoas que participaram do evento e tornaram este dia tão especial. Agrademos, em especial, a Sandra Pradella, Gerente Administrativa da Tramontinaprev, pela recepção e todo apoio na organização.
Realizada no dia 3 de julho, durante reunião
extraordinária do Conselho Deliberativo do ISBRE, a entidade confirmou a
cerimônia de nomeação e posse da nova gestão de sua Diretoria Executiva para o
próximo mandato.
Na ocasião, o Diretor Financeiro e de
Previdência, Carlos Renato Salami, foi reconduzido ao cargo. Salami ocupa
também a função de Administrador Estatutário Tecnicamente Qualificado – AETQ.
Além dele, Gilnei Roberto dos Santos Vargas foi designado Diretor Presidente,
Administrativo e de Previdência do ISBRE.
Na
reunião que confirmou a posse dos gestores, estiveram presentes a presidente do
Conselho Deliberativo, Lisiane Maldaner Astarita de Lima, e os conselheiros Argus
Ruy Guex de Oliveira, Rafael Cameiro Abrahão e Werner Tschoske.
A Tchê
Previdência deseja sucesso para mais este mandato e se coloca sempre a
disposição da entidade associada para eventos, parcerias quaisquer tipo de
auxílio necessário.
Associada
da Tchê Previdência, a RS-Prev teve algumas mudanças na sua Diretoria que
ocorreram nos últimos mês, após renúncia da ex-Diretora Presidente e Diretora
de Investimentos Interina, Danielle Cristine da Silva. Em sua 91ª Reunião
Ordinária, que aconteceu no dia 29 de maio, o Conselho Deliberativo indicou a Diretora de Seguridade Elisângela Hesse para
assumir a Presidência da RS-Prev de forma interina.
No dia
3 de julho foi a vez do Conselho
Deliberativo da RS-Prev dar posse a Filipe Jeffman dos Santos como Diretor de
Investimentos/AETQ e Márcio Otto de Campos como Diretor de Administração.
A Tchê
Previdência deseja sucesso para a nova Diretoria.